22ª Romaria de Fátima -  14 de outubro de 1.973

A exemplo das anteriores, atraiu para Cruz Alta milhares de peregrinos do Estado que, juntados aos da cidade, mostraram mais uma vez a fé dos cristãos na Virgem de Fátima.

O programa iniciou com a Missa na Matriz de Fátima, seguida com a procissão que, partindo daquela igreja se dirigiu ao Monumento.

Ao meio-dia foi servido churrasco aos populares e às 15:00 horas, a Mensagem de conforto aos doentes e compromisso de vida.

Às 15:30horas aconteceu a coroação da Imagem pela Rainha de Fátima, a menina Mara Regina Teixeira Raguzzoni, e em seguida, as princesas foram homenageadas.

Abolido Rainha de Fátima e Quermesses

Nos próximos eventos, será abolido o costume de coroar rainhas mirins e promover quermesses junto à igreja, deve-se isso a preocupação mencionada em trazer esse espírito evangelizador e pastoral à Romaria.

Nova Roupagem

Por solicitação dos noveneiros da 22ª Romaria de Fátima ao Prefeito Municipal de Cruz Alta, funcionários da prefeitura realizaram serviços de pintura e limpeza no Monumento.

A Secretaria de Turismo orientou os trabalhos de pintura, ajardinamento, pintura de árvores, dos cordões e postes com a colaboração do capataz geral, senhor Álvaro Gayer.

Bandeirolas foram colocadas ao longo da Rua Padre Pacheco.

Dom Paulo Moretto e a Romaria de Fátima

O Bispo Diocesano de Cruz Alta, Dom Paulo Moretto, procurado pela reportagem do Diário Serrano, fez breves considerações em torno da tradicional festa em homenagem a Nossa Senhora de Fátima.

- “Assisti, pela primeira vez, em 1972, a Romaria de Fátima. Semelhante espetáculo de fé e religiosidade já havia assistido, muitas vezes, na localidade de Caravagio, próximo à cidade onde nasci, Caxias do Sul.

No Sul da França, em Lourdes, participei de três peregrinações, assim como em Roma, onde vi romeiros de todo o mundo”.

Dom Paulo participou da grande peregrinação, em Nazaré, na Gruta da Anunciação, onde rezou missa e percorreu os locais onde nasceu Jesus.

Ficou vivamente impressionado, em Israel, com as cruzes que peregrinos medievais faziam na parede e que até hoje é preservado.

O Bispo Diocesano fez questão de pregar os nove dias de novena que antecedem a Festa de Fátima, mostrando-se muito impressionado com a participação dos fiéis e a renovação de fé cristã que se procura melhorar.

Finalizando, disse o Bispo que a festa é um momento de conforto e o encontro fraterno entre todos.

Fonte: Jornal D. Serrano,  de outubro de 1.973.

Arquivo Mitra Diocesana - Romaria de Fátima 1973/1.998