O Tempo

Mario Quintana

 

*“a vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa…”*

Conhecido popularmente como "O Tempo", o poema de Mario Quintana tem como título original "Seiscentos e Sessenta e Seis".

Foi publicado pela primeira vez na obra Esconderijos do Tempo, em 1980.

O livro, escrito quando o autor estava com setenta e quatro anos, exprime a sua visão madura e sábia sobre a vida.

Reflete sobre temas como a passagem do tempo, a memória, a existência, a velhice e a morte.

*SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS*

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são 6 horas:

há tempo…

Quando se vê, já é 6ª-feira…

Quando se vê, passaram 60 anos!

Agora, é tarde demais para ser reprovado…

E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente…

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Com "Seiscentos e Sessenta e Seis" ou "O Tempo", Mario Quintana combina a sua produção poética com a reflexão existencial, partilhando com o leitor a sua experiência e as suas aprendizagens.

Aos setenta e quatro anos, quando escreve Esconderijos do Tempo, reflete sobre o seu percurso. Percebe que *aproveitar a vida é uma emergência*; é verdadeiramente tudo o que precisamos fazer.

Desta forma, o poema se aproxima da frase de Horácio que acompanha a Humanidade há séculos:

*Carpe Diem* ou "Aproveite o dia presente".

*Todos nascemos sabendo que nossa passagem por este Mundo é curta*

- Quintana vem nos lembrar que devemos experienciá-la da forma mais intensa e verdadeira que encontramos.

 

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Página publicada em 09.10.2020 - 00:26

Atualizada em 11.08.22